Ele não disse mais nada, mas eu sabia que ele tinha investigado.
— Por quê? Por que você não quer me contar? — Eu me exaltei e comecei a bater no encosto do banco dele.
Com uma freada brusca, o carro parou. As veias saltadas nas mãos dele, que agarravam o volante com força, ficaram ainda mais evidentes. Quando vi aquilo, meu coração apertou.
— Por causa de dinheiro. — Ele finalmente respondeu, e suas palavras me fizeram encarar seu rosto.
Mas ele estava de costas para mim, e eu não conseguia enxergar sua expressão.
Pensei em Benedita e na doença dela.
— Foi para pagar o tratamento de Benedita?
George abriu o porta-luvas, pegou um maço de cigarros e um isqueiro. Depois de várias tentativas, conseguiu acender um cigarro.
— Carolina, meu pai foi o responsável pela morte dos seus pais. Isso é uma dívida de sangue. Pai paga com a vida, filho paga com a própria. Agora, eu te devo uma vida.
Ele não respondeu à minha pergunta. Em vez disso, me deu essa declaração, fria e dire