Miguel disse que eu estava em coma há três dias e que ele também estava ali há três dias. Então, George certamente também veio. Afinal, ele disse ao telefone que viria imediatamente.
— Toma um pouco de água. — Miguel colocou um copo perto da minha boca.
Olhei para ele e perguntei:
— E o George?
Miguel ficou visivelmente desconfortável por um momento antes de responder:
— Bebe a água primeiro.
Aquelas palavras fizeram algo no meu peito apertar. Minha garganta, já seca e dolorida, parecia arder ainda mais.
— Ele não veio, né?
— Veio. — Miguel respondeu, sentando-se na beira da minha cama. — Ele veio.
— Então, onde ele está agora? — Perguntei, confusa. Se George realmente havia vindo, por que ele não estava aqui comigo? Eu estive inconsciente por três dias. Ele não deveria estar ao meu lado? Será que ele realmente decidiu seguir o que eu disse antes, de que, se ele me machucasse, deveria se afastar de mim?
— Ele foi embora. Provavelmente saiu para resolver a questão da