Luana não disse nada, apenas afundou o rosto no meu pescoço.
Afaguei sua cabeça e perguntei:
— Não quer se separar do professor Gilberto, né? Tá difícil, né?
— É pior do que sofrer de um amor platônico. — Luana suspirou.
— Claro, né? Você mal provou o sabor da carne, e já ficou sem o segundo pedaço. Não tem como não ser difícil. — Brinquei, tentando aliviar seu humor.
— Quem disse que não posso comer? Se eu quiser, pego um voo e vou até ele. — Luana respondeu com audácia.
Essa frase me lembrou a conversa dela com Gilberto na noite anterior.
— E então, está mesmo pensando em seguir o marido?
Luana ergueu o rosto, sentou-se de pernas cruzadas no sofá e respondeu:
— Ainda não decidi.
Ou seja, já estava considerando.
Entendi. Quem não quer viver ao lado de quem ama? Ainda mais sendo Gilberto, o homem que ela admirava há tanto tempo.
— Pense com calma. Não há pressa. — Encostei meu ombro no dela e acrescentei: — Mas conta aí, como foi a experiência da noite passada?
Ela me cutucou com o ded