Eu fiquei surpresa por George ter concordado, mas sua resposta só fez meu coração doer ainda mais. Ele claramente não queria, não aceitava, mas escolheu respeitar a vontade de Benedita.
Benedita, talvez com medo de que George mudasse de ideia, tirou o celular do bolso e começou a preencher o cadastro para doação de órgãos ali mesmo, com uma seriedade que me fez perceber algo: havia uma energia enorme em torno dela. Uma força positiva, grata, que irradiava de cada gesto seu.
— George, vamos nos cadastrar também. — Sugeri, sem pensar muito.
Ele me olhou surpreso, e até Benedita parou de preencher o formulário para me encarar.
— Carolina...
— Vamos fazer isso. — Insisti.
George respirou fundo e, para minha surpresa, concordou.
— Tudo bem.
Ele pegou o celular para começar o cadastro.
— Mano, Carolina, vocês... — Benedita parecia emocionada, mas também inquieta.
Quando algo era decisão nossa, fazíamos sem hesitar. Mas, quando se tratava de outras pessoas tomando as mesma