— Não, não faz isso. — Benedita empurrou minha cabeça de volta para o ombro de George. — Carolina, fica assim, encostadinha no meu irmão. Eu adoro ver vocês desse jeito, tão apaixonados.
Os olhos claros de Benedita brilharam enquanto nos observava.
— Eu estava pensando em esperar mais alguns dias para dizer isso, mas, já que o assunto surgiu, vou falar logo.
— Não começa a pensar besteira, nem a falar bobagem. — Interrompi, com um pressentimento incômodo do que ela estava prestes a dizer.
George, no entanto, apenas respondeu com calma:
— Deixa ela falar.
Ela sorriu para ele.
— Sabia que você era meu irmão de verdade. Você sempre me entende.
Depois disso, voltou-se para mim com um olhar firme.
— Carolina, ouve o que eu tenho para dizer.
Ela deu uma risadinha, como se quisesse aliviar a tensão, mas logo pigarreou e apertou nossas mãos com força.
— Pronto, vou começar.
Tanto eu quanto George permanecemos em silêncio, mas era evidente que estávamos apreensivos. Noss