— Sou eu!
A voz familiar ecoou pelo corredor.
Segurei o corrimão e parei de repente, sentindo o alívio percorrer meu corpo.
Depois de alguns segundos, me virei e continuei subindo as escadas, até ver George, encostado na parede, meio escondido na sombra.
A lembrança do nosso encontro anterior me deixou sem saber o que dizer. Mas a verdade era que ele tinha me assustado, então deixei transparecer minha irritação:
— Você não sabe que desse jeito acaba assustando as pessoas?
— Hum. — Foi tudo o que ele disse.
Aquele "hum" dele... Tão frio e distante, era impossível não ficar irritada.
Eu estava prestes a dizer mais alguma coisa, mas ele se adiantou, falando em um tom baixo:
— Não vai acontecer de novo.
Isso me deixou sem palavras. Peguei a chave e comecei a destrancar a porta, mas, antes de conseguir, ele falou novamente, em um tom ainda mais profundo:
— Sobre hoje à noite... Eu pensei demais. Não vai se repetir.
Fiquei surpresa com a confissão. Virei-me para olhar para ele, e George já e