RUBY PORTMAN
A noite estava quente, mas havia algo no ar que me fazia arrepiar mesmo com a brisa morna que vinha da varanda do hotel. O quarto em que eu me preparava era amplo, decorado com toques de madeira clara
e cortinas de linho branco esvoaçantes. As luzes amareladas refletiam na penteadeira de mármore, onde descansavam alguns brincos e um buquê de flores brancas que Milena havia mandado mais cedo. Agora, a cidade lá fora parecia calma demais para uma noite como aquela.
Que piada interna de péssimo gosto.
O vestido escolhido era um deslize de seda cor marfim, de alças finas que cruzavam as minhas costas nuas, ajustado na cintura e fluindo com leveza até os pés. Um par de brincos de esmeraldas delicadas pendiam das minhas orelhas, presente da minha madrinha Isabella, e o cabelo, preso em um coque frouxo, revelava a curva do meu pescoço. Um toque de iluminador nas têxas, batom nude, e um perfume floral com fundo de canela finalizavam a minha preparação.
Estava pronta. E ainda as