Esther encarava Marcelo com olhos vermelhos de raiva e dor, as lágrimas escorrendo incessantemente pelo seu rosto. Sua voz saiu carregada de ódio e ressentimento:
— Marcelo, até quando você vai mentir para mim? Por que você tem que mentir até sobre o nosso filho?
Ele abaixou os olhos, respondeu num tom abafado:
— Me desculpe.
A palavra parecia ecoar vazia, sem nenhuma força para amenizar o que Esther sentia. Ela gritou, descontrolada:
— Desculpa resolve alguma coisa? Desculpa traz o meu filho de volta? O que você fez? O que aconteceu com o meu bebê? Por que ele morreu? Marcelo, o que você fez com o nosso filho?!
Os olhos de Marcelo estavam vermelhos, mas sua expressão permaneceu fria e tensa. Os lábios se mantiveram apertados, numa linha fina e rígida.
— Ele nasceu morto.
As palavras caíram como uma bomba. Esther ficou estática por alguns segundos, mas logo seus olhos se encheram de uma mistura de descrença e ódio.
— Você está mentindo! — Ela gritou, antes de avançar sobre ele.
Sem pen