Esther ficou completamente paralisada, como se o chão tivesse sumido sob seus pés. Por um instante, acreditou que a enfermeira estivesse brincando com ela.
Seu bebê não poderia simplesmente não estar ali.
Ela tentou soltar um sorriso, mas tudo o que conseguiu foi uma expressão forçada e trêmula:
— Senhorita, deve haver algum engano... Eu acabei de dar à luz. Se o meu bebê não está aqui, onde mais ele poderia estar?
Mesmo que tentasse se manter racional, sua mente começou a levantar possibilidades preocupantes.
— Talvez meu nome não tenha sido registrado corretamente... Mas o nome do pai, o nome do Marcelo, deve estar aí, certo? Por favor, confira novamente.
Esther buscava desesperadamente uma explicação que fizesse sentido, se agarrando a qualquer vestígio de lógica. Porém, dentro dela, o pânico começava a se instaurar.
A enfermeira acatou o pedido e voltou a verificar os registros. Após alguns minutos, respondeu com a mesma frieza de antes:
— Não há nenhum registro, nem no nome dele.