Esther segurava com força a camisa de Marcelo, mas não tinha coragem de olhar para trás. Ela temia que a situação fosse pior do que poderia suportar.
Foi quando ouviu a voz baixa e reconfortante de Marcelo em seu ouvido.
— Fica calma, vai ficar tudo bem, logo estaremos em segurança.
Essas palavras trouxeram Esther um pouco de força. Ela repetiu, mais para si mesma do que para ele:
— Que bom... Que bom que você está bem!
— Capitão Marcelo! — Um dos homens de uniforme camuflado gritou com ansiedade.
Eles tinham ficado presos no outro lado do tiroteio e não conseguiam avançar, enquanto apenas Marcelo havia conseguido passar. Mesmo com toda a cobertura que deram para ele, ninguém sabia ao certo como as coisas estavam, e a preocupação com o capitão só aumentava.
Marcelo entregou Esther a eles rapidamente e disse:
— Tirem ela daqui agora!
Não havia tempo para ficar ali. Diego e seus capangas já começavam a se retirar. Eles sabiam que, se o caos continuasse por muito tempo, mais gente chegari