Rosana se assustou, mas ainda assim estendeu os braços e envolveu o pescoço de Manuel. Ela se levantou na ponta dos pés, querendo estar ainda mais perto dele.
O beijo de Manuel foi suave, como se ele tivesse medo demachucar Rosana, feri-la de alguma forma.
Com o tempo, no entanto, Manuel aprofundou o beijo, como se quisesse engolir Rosana e levá-la para dentro de seu corpo, para que, assim, eles nunca mais se separassem.
Foi somente quando Rosana emitiu um som de tristeza e dor que Manuel finalmente a soltou, com delicadeza.
Ele olhou para os olhos de Rosana, agora vermelhos, e para as lágrimas cintilando em seus olhos escuros como a noite. O coração de Manuel se apertou, como se não pudesse mais suportar.
Rosana, com a voz embargada pelo choro, disse:
— Eu sei que sua mãe é muito importante para você, e também sei que ela me odeia. Se ela me perdoar, eu vou cuidar dela com você; mas se ela não me perdoar, eu... — Rosana hesitou por um longo tempo, até finalmente completar. — Eu posso