Maya
Caminhei pacientemente e de cabeça baixa pelo passeio de pedras que cortava o estacionamento levando até um ponto de táxi na calçada, pensando na minha mãe que havia ficado dormindo e nessa situação difícil que enfrentávamos.
— Maya!
Parei e virei-me para trás.
— Noberto! — exclamei sorridente e feliz em vê-lo. — Como vai? — perguntei aproximando-me dele.
— Bem e você?
— Eu estou bem. Minha mãe finalmente acordou. — Compartilhei alegre a notícia.
— Eu soube, Victor me disse. Fico muito feliz por você e sua família.
— Como ele soube? — Não resisti a perguntá-lo.
— Clarice. Mas saiba que ela não contou por mal.
— Tudo bem. — Respirei fundo e lhe dei um sorriso forçado. — Eu tenho que ir agora. Foi bom rever você. — Fiz menção de afastar-me.
— Espere, por favor! — pediu tocando meu braço. — Estou aqui para falar com você.
— Se for sobre ele, não quero saber.
— Você o viu?
— Você sabe que sim.
— Então notou como ele está. Notou sua aparência devastada.
— Honestamente, não me interess