A casa estava silenciosa, um silêncio profundo e perturbador, como se o tempo ali tivesse sido congelado. As paredes, cobertas de hera e com marcas da passagem dos anos, pareciam esconder mais do que simples vestígios do passado. Bela sentiu o ar pesado, carregado de uma tensão invisível, enquanto o portão de ferro rangia ao ser empurrado.
Arun estava à frente, com os passos rápidos e a expressão tensa. Ele não demonstrava medo, mas Bela sabia que a situação estava se tornando cada vez mais delicada. Cada movimento parecia ser monitorado, cada respiro, ouvido.
— Este lugar tem história — disse Arun, a voz baixa, quase reverente. — E o avô de Pravat não confiava em ninguém, exceto em si mesmo. Ele sabia que a Silken viria atrás de sua pesquisa. E preparou cada detalhe para que ninguém pudesse acessá-la.
Bela olhou para ele, confusa.
— Preparou cada detalhe? Como? — Ela perguntou, sentindo o peso do veneno ainda em seu corpo, fazendo com que cada pensamento fosse uma luta.
Arun parou e