Na manhã da primeira noite que passaram na casa após a reforma, Ricardo acordou com o cheiro de café fresco e pão na chapa.
— Isso é real ou estou sonhando? — ele perguntou, descendo a pequena escada de madeira, de chinelos.
Rosa riu, virando-se com uma caneca na mão.
— Real, senhor Trajano. Café de verdade. E nada de cápsulas gourmet. Aqui é coador e paciência.
— Hum… gosto mais do som disso do que imaginei. — Ele beijou a testa dela e se sentou à mesa de madeira que ele mesmo mandou lixar e restaurar.
— Você tem reunião hoje? — ela perguntou.
— Só à tarde. Mas antes… quero te mostrar uma coisa.
Ele abriu a pasta de couro e colocou um novo documento sobre a mesa.
— O que é isso?
— O contrato social da nova empresa. Agora se chama “Trajano & Rosa Engenharia e Desenvolvimento”. E você é a cofundadora oficial. Não aceito recusas.
Ela olhou para ele, chocada.
— Eu… não sei o que dizer.
— Então só diz “sim”.
Ela disse. Com um sorriso que misturava gratidão, orgulho e amor.
[…]
Na sede rec