Minutos depois, Ricardo saiu de sua sala, o som dos seus passos firmes ecoava pelo chão enquanto ele atravessava o andar em direção à mesa de Rosa. Seus olhos queimavam de irritação, e ele apertava uma pilha de papéis com tanta força que as folhas estavam quase amassadas. A movimentação chamou a atenção de todos, que já começaram a murmurar.
— Vai dar barraco de novo... — sussurrou um funcionário.
— Ele só pode estar fora de si. Como é que ele pode tratar alguém assim? — murmurou outra colega, enquanto trocava olhares com os demais.
Ricardo parou na frente de Rosa, jogando os papéis sobre a mesa dela com força.
— Você! — Ele praticamente rosnou, fazendo-a dar um pulo. — O que é isso?
Rosa piscou, surpresa, olhando para os documentos.
— Eu... não sei, senhor.
Ricardo bateu com a palma da mão sobre os papéis, atraindo a atenção de todos ao redor. Sua voz era alta, cortante, quase como uma chicotada.
— Não sabe? Isso aqui é o erro grotesco que quase arruinou a apresentação do projeto!
Ro