— Ricardo, você está tão tenso. Por que não deixamos isso para amanhã e...
— Já chega, Rebeca. — A voz dele saiu firme, quase dura. Ele deu um passo para trás, quebrando o contato físico entre os dois.
— Já chega? — Ela riu, incrédula, mas tentando esconder a irritação. — Você está tentando me dizer que acabou?
Ele virou-se para ela, o olhar intenso e carregado.
— Não estou dizendo nada. Só preciso de um tempo para pensar, estou com muito trabalho.
Rebeca cruzou os braços, inclinando a cabeça com um sorriso sarcástico.
— Pensar no quê? Naquela garota que mal sabe o que está fazendo aqui? Ricardo, você está se deixando levar por algo que nem faz sentido.
Ele não respondeu imediatamente, mas suas mandíbulas travadas eram resposta suficiente.
— Rebeca, só... vai trabalhar.
A irritação brilhou nos olhos dela, mas ela sabia que insistir agora não seria vantajoso.
— Claro. — Ela ajeitou a saia com um movimento calculado e caminhou em direção à porta. Antes de sair, lançou um último olhar po