Ricardo riu, um riso baixo e rouco, continuou aproximando-se lentamente de Rosa. Seus olhos brilharam com uma mistura de curiosidade e desafio.
— Confiança e respeito... — ele repetiu, quase como se estivesse degustando as palavras. — Então é isso que falta pra você se entregar, Rosa?
Ela engoliu em seco, tentando não deixar o nervosismo transparecer. Sentia o coração martelando no peito, mas manteve a voz firme.
— Isso é algo que eu não preciso justificar para ninguém. Muito menos para você, senhor Trajano.
— Senhor Trajano? — Ricardo inclinou a cabeça, sorrindo de lado. — Agora somos formais de novo? Porque, minutos atrás, sua mãe parecia bem à vontade comigo. Eu até diria que ela confia em mim.
A menção da mãe fez o estômago de Rosa se revirar. Ricardo estava tentando invadir todas as áreas da vida dela, e isso a incomodava profundamente. Mas, ao mesmo tempo, havia algo no jeito que ele falava, no tom casual e sedutor, que a desarmava.
— Não confunda as coisas — ela respondeu, tent