Naquele sábado, Rosa e Ricardo trabalharam apenas pela manhã. Desde o beijo, Ricardo não disse uma única palavra, deixando um silêncio inquietante pairar entre eles. Quando o trabalho terminou, ele insistiu em levá-la para casa de carro, pois era sábado e já havia buscado em casa. O gesto foi gentil, mas não mandou embora o clima denso que se instalava sobre eles. Quando Rosa chegou em casa, algo parecia errado. Aquele silêncio incomum, opressor, fez Rosa estremecer. Um pressentimento ruim tomou conta dela.
— Mãe? — ela chamou, a voz falha, como se o ar estivesse pesado demais para respirar.
Sem resposta.
Rosa caminhou até a cozinha, onde uma luz estava acesa, mas não encontrou sua mãe. Seu coração começou a bater mais rápido. O frio na barriga aumentava, a inquietação tomando conta. Algo estava terrivelmente errado.
— Mãe! — chamou outra vez, agora com mais urgência, mas o silêncio era ensurdecedor.
Sem hesitar, correu para o quarto de sua mãe. Lá, a viu encolhida na cama, r