Lívia ainda sentia o peso da conversa anterior, como se as palavras de Arthur estivessem ecoando dentro dela. O coração batia um pouco mais rápido, mas, dessa vez, não era pelo desconforto — era pela estranha sensação de segurança que ele transmitia, mesmo quando parecia perigoso se aproximar demais.
Após a conversa Arthur lhe entregou roupas limpas que pareciam servir perfeitamente nela, e lhe ofereceu toalhas para um banho. Lívia não ousou recusar, precisava se recompor.
Assim que saiu do banho, com os pensamentos ainda longe encontro Arthur parado na porta do quarto, os olhos dele percorreram todo seu corpo como se a dispisse em sua imaginação.
— Vamos descer? — ele perguntou, quebrando o silêncio. — O café está pronto.
A palavra “café” soou quase como um convite para retomar o fôlego. Ela assentiu, e Arthur a acompanhou, mantendo o passo calmo, como se não quisesse apressar nada.
O corredor amplo da mansão estava silencioso, e o chão de mármore refletia a luz suave que entra