O beijo ainda queimava nos lábios de Lívia. Arthur mantinha uma das mãos na sua nuca, a outra pousada na curva da cintura, como se temesse que ela se afastasse. O calor dele a envolvia por inteiro, e o cheiro discreto do seu perfume misturava-se ao ar rarefeito do quarto.
Ela podia sentir o peso controlado da respiração dele, o peito subindo e descendo rápido. Quando Arthur aprofundou o beijo, seu toque se tornou mais firme, como se quisesse gravar aquela sensação na pele dela.
Os dedos dele subiram lentamente pela lateral do corpo dela, deslizando sobre o tecido fino da blusa. Lívia sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Um breve gemido escapou de sua garganta antes que ela pudesse se conter, e isso pareceu acender algo nele — o beijo se tornou mais urgente, mais quente.
Arthur se afastou apenas o suficiente para encará-la. Seus olhos estavam escuros, intensos, como se lutassem entre o autocontrole e o desejo.
— Lívia… — a voz dele era rouca, quase um sussurro. — Não tem