A luz da manhã entrou tímida pela fresta da cortina, tocando meu rosto com delicadeza. Abri os olhos devagar, sentindo o peso agradável de um corpo quente ao meu lado. O lençol cobria parte de nós dois, mas um dos braços de Caio ainda estava firme ao redor da minha cintura, como se me segurasse mesmo dormindo.
Fiquei ali, observando-o em silêncio. Os traços relaxados, os cílios longos, o queixo levemente barbeado que arranhara minha pele horas antes. Ele parecia mais jovem, mais vulnerável. E tão bonito que doía. Meu peito se apertou. Por que tudo o que era intenso também precisava ser complicado? Desviei os olhos e encarei o teto por alguns segundos, tentando organizar os pensamentos. Eu queria aquela noite. Queria cada toque, cada palavra, cada gemido dele no meu ouvido. Mas agora, com o dia nascendo, me perguntava: o que mudava entre nós depois disso? O que ele faria? Como se tivesse ouvido meus pensamentos, Caio se