28. Derrubar a Bratva
Mikhail Volkov
Mais uma manhã fria em Moscou, cheia de reuniões. Os problemas estavam acumulados na empresa: projetos de arquitetura exigindo refações, atrasando a entrega de edifícios, e investimentos que não deram o retorno esperado. Nada alarmante, mas perder dinheiro nunca é uma boa maneira de começar o dia. Isso é o que dá ser CEO da Vk Enterprises, a maior holding da Rússia.
— Senhor Volkov... — A voz arrastada e melosa de Clarissa Whitmore me alcança antes de ela cruzar a porta. Entra equilibrando uma pasta e exibindo um sorriso ensaiado. O vestido social é apertado demais, o decote, exagerado.
— Chegaram alguns contratos para o senhor assinar... — diz, colocando os papéis sobre a mesa com movimentos lentos, quase ensaiados.
Levanto o olhar do notebook, ignorando o tom provocante.
— E o senhor tem algumas visitas. — completa, com os olhos brilhando de expectativa.
— Quem são? — pergunto, direto. Só tenho uma reunião com investidores antes das dez.
— Os senhores Matteo G