Gêmeos Lopez
Luan
A casa está mergulhada em um silêncio espesso, aquele tipo de quietude que só a madrugada é capaz de proporcionar. As luzes externas piscam de tempos em tempos, e as câmeras de segurança fazem seus movimentos mecânicos, varrendo cada canto da propriedade. Mas nós, eu, Luan, meu irmão Leyan, Alice e Alicia, já estudamos todos os pontos cegos da mansão. Sabemos exatamente onde pisar, o tempo exato entre cada movimento das câmeras, e até mesmo o instante em que Hernan, o chefe da segurança, troca de turno.
— Rápido — sussurro, segurando a mão de Alice enquanto atravessamos o jardim, Leyan logo atrás com Alicia colada a ele.
O frio da noite não é nada comparado ao calor que queima por dentro. Há uma eletricidade entre nós, uma adrenalina pulsante. Estamos jogando um jogo perigoso, não apenas o de burlar a segurança, mas o de brincar com nossos próprios desejos.
Finalmente, nos enfiamos no velho galpão abandonado no fundo da propriedade, um esconderijo perfeito, fora do a