Don Vittorio
O cheiro de couro, charuto e pólvora paira pesado na sala de reuniões da sede oficial da máfia. O ambiente é sombrio, com paredes de concreto bruto e uma longa mesa de madeira maciça no centro, cercada por cadeiras de veludo vermelho. O silêncio é cortante, e cada movimento parece ecoar como uma ameaça velada. Somos predadores em um território marcado pelo sangue e pelo poder.
Entro com a postura rígida, Liana ao meu lado como a rainha que é, e os meus filhos David, Darlan, Alice e Alicia, seguem atrás, como herdeiros de um legado forjado entre alianças e tradições, e também Lizandra, a mulher que carrega a próxima geração no ventre.
Todos os membr0s do conselho já estão sentados, suas expressões são duras como pedra. Dilton, o meu conselheiro, está ao lado de seu sucessor, Derick. Carlo Pena, Maíra Santory e Antonio Castellano nos observam, suas presenças carregadas de desconfiança.
Indico os assentos com um gesto firme e seco, rompendo o silêncio como uma lâmina.
— Bo