Lizandra
O cheiro de desinfetante do hospital ainda paira no ar quando as portas de vidro deslizam para abrir. Depois de três longos dias internada, finalmente estou indo para casa. O vento toca meu rosto, mas nada é mais refrescante do que a ideia de voltar para o lar, para a mansão Lambertini, agora não mais como apenas Lizandra, mas como a mãe de Brenda e Briana.
O sol parece mais dourado hoje. Ou talvez sejam minhas filhas que fazem tudo brilhar ao redor. É impossível não sorrir ao olhar para elas, tão pequeninas em seus macacõezinhos brancos, ruivas como a avó Liana e as tias, com aqueles olhos azuis brilhantes que já parecem enxergar tudo. Princesinhas. Minhas princesinhas.
O mais surpreendente é ver como todos estão encantados por elas. Homens que sempre vi como frios, racionais, estrategistas implacáveis da máfia, agora estão completamente desarmados diante dessas duas vidas recém-chegadas. Juan, Luan, George e Geovane revezam-se para ninar as bebês, as vozes graves se tornand