David
Conteódo sensível
Meu humor hoje beira o inominável. Estou à beira de explodir e, sinceramente, se alguém ousar cruzar meu caminho da forma errada, será um convite direto para o inferno. Sento-me na cadeira de couro da minha sala na presidência do Grupo Lambertini, tentando revisar um contrato, mas as letras dançam diante dos meus olhos. Não é o trabalho que me irrita, é a sensação de impotência. Lizandra... sempre ela, e agora meu filho, sempre a confusão na minha mente, a dor, o desejo. Ela está ali, latejando no fundo da minha mente, e isso me corrói.
O celular vibra na mesa. Pego o aparelho e vejo o nome de Darlan na tela. Meu dedo desliza pelo vidro e a notificação se abre. Uma mensagem curta, mas o suficiente para fazer um sorriso sombrio surgir no meu rosto.
Darlan:
Pegamos o traidor. O infeliz que estava trocando os whiskys importados por falsificados na Gemini. Recebeu as boas-vindas e te aguarda no galpão.
Eu me recosto na cadeira, girando o celular entre os dedos. Fi