Don Paolo Bianchi
Sou o líder da 'Ndrangheta. Minha palavra é lei, minha presença é respeito e temor. Na Itália, meu nome é um sussurro de advertência, um aviso de que o inferno tem donos.
E agora, estou diante de Lizandra. Minha afilhada. Minha menininha.
O sangue ainda ferve em minhas veias pela forma como a encontrei. Com um Lambertini. Grávida dele. E não de um Lambertini qualquer, mas do filho do Don argentino.
— Lizandra! — Minha voz ecoa no ar como um trovão.
Ela congela. Eu vejo a hesitação em seu rosto, o choque em seus olhos.
Antes que eu possa me aproximar, ele se coloca na minha frente. David Lambertini. Seu olhar é letal, sua postura rígida. O instinto de proteção dele não me passa despercebido.
— Se tocar nela, vai se arrepender. — O tom dele não tem hesitação. Um aviso. Uma ameaça.
O ambiente fica tenso. Minha escolta surge ao meu redor, a dele nos cerca. Qualquer movimento errado, e isso vira um massacre. E eu estou no território dele.
Mas antes que algo aconteça, Liza