O céu noturno já dominava a cidade quando Valentina finalmente atravessou a porta do apartamento de Dante. O dia tinha sido longo, exaustivo — uma sucessão de compromissos, decisões e reuniões para acertar os últimos detalhes do casamento. Ainda assim, havia algo leve em seu coração, um sentimento novo que a fazia caminhar com um brilho discreto nos olhos.
Dante a esperava na sala, sentado no sofá com uma expressão que misturava ansiedade e carinho. Quando a viu, levantou-se rapidamente, quase derrubando o livro que segurava, para recebê-la com um abraço firme e envolvente.
— “Você chegou.” — disse ele, a voz rouca de emoção. — “Eu estava contando os minutos.”
Ela sorriu, sentindo o calor daquele abraço como um porto seguro. A fadiga dos dias intensos parecia dissolver-se ali, no aconchego dos braços dele.
— “Queria estar só com você agora. Sem nada no meio.” — murmurou, olhando para ele com ternura.
Eles permaneceram ali, entrelaçados, por alguns minutos, deixando que o silêncio fala