XLI. Cinzas no Coração

A escuridão ainda reinava quando Serena abriu os olhos. Cada centímetro de seu corpo doía — não por cortes ou hematomas visíveis, mas por algo mais profundo. Algo que sangrava por dentro, invisível, cruel.

Ela não sabia quanto tempo havia se passado. O quarto permanecia em silêncio, mas o ar carregava o cheiro da vergonha e do poder mal utilizado. O lençol sob seu corpo não a protegia do frio que se instalara em sua alma.

Kael não estava ali. Isso, pelo menos, era um alívio.

Serena se sentou devagar, sentindo a dormência persistente dos músculos começando a ceder. O efeito da droga — ou da maldita mistura que Ezra e Kael haviam preparado — parecia estar passando, embora deixasse um rastro de fogo e desconforto sob sua pele.

Ela se olhou no espelho em frente à cama.

Marcas.

Marcas em seu pescoço. Em sua cintura. Em suas coxas.

Kael havia deixado seu nome esculpido nela sem dizer uma palavra. E isso a enchia de algo novo, selvagem e quente: ódio. Um ódio que queimava mais do que qualque
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