Os sentimentos de Elisa por Juan nunca haviam mudado. Ao perceber isso, o olhar de Alana ficou sombrio.
Não era de se estranhar que ele tivesse concordado que Elisa se mudasse para a casa deles. Tudo parecia ter sido planejado.
Pensar nisso fez Alana se sentir ridícula. Ela finalmente se deu conta de que, entre um homem e uma mulher, não existe essa suposta “amizade pura”. Ela sabia disso por experiência própria.
Juan fechou a porta do quarto e notou que os cabelos de Alana ainda estavam molhados. Ele pegou uma toalha e disse:
— Alana, deite-se. Eu vou secar o seu cabelo.
— Não precisa.
A resposta veio em um tom frio, e Alana sequer olhou para ele, tratando-o como se fosse um completo estranho.
Ao ver isso, Juan percebeu que algo estava errado. Desde que ela saíra do banheiro, já demonstrava irritação, e agora, a frieza dela era ainda mais evidente.
Juan sabia exatamente o motivo. Ele suspirou e tentou explicar.
— Alana, entre eu e ela não existe nada...
— Pare. — Alana o interrompeu.