O convite de Kenji Tanaka na penumbra do corredor lateral do simpósio de Tóquio foi o início de uma imersão de Ana em um mundo que ela jamais imaginara. A intimidação inicial, a aura de poder que ele irradiava, logo se transformou em uma curiosidade quase insaciável. Aceitando o convite para um "ambiente mais reservado", Ana se viu em uma série de jantares e encontros que gradualmente desvelaram as múltiplas camadas daquele homem enigmático.
O primeiro encontro aconteceu ainda naquela noite, foi em um restaurante tradicional, de portas deslizantes e tatames, onde o aroma de sushi fresco e chá verde pairava no ar. Kenji, que havia se apresentado com uma formalidade tão imponente, surpreendeu Ana ao revelar uma faceta inesperada. Ele era, sim, sério e calculista quando falava de negócios, de sua vasta rede de influência e de seus "investimentos". Suas palavras eram precisas, suas análises afiadas, e Ana reconhecia nele uma mente estratégica à altura da sua. Ele falava sobre a