O voo longo e cansativo para Tóquio, com suas escalas tediosas e o fuso horário impiedoso que bagunçava seu relógio biológico, poderia ter deixado Ana, a Chief Operating Officer (COO) da Agro Tech, exausta. No entanto, a adrenalina da expectativa e o propósito silencioso de sua missão a mantinham não apenas alerta, mas vibrante. A vingança contra Pedro, que já reverberava em Ilhéus como um eco persistente, era uma melodia constante e sombria em sua mente. Mas a iminência de explorar um novo continente, com seus próprios desafios complexos e oportunidades latentes no mercado global de commodities, trazia uma excitação quase infantil, uma curiosidade insaciável. O Japão não era apenas um destino em seu itinerário corporativo; era um novo palco, com regras e nuances distintas, para a mulher calculista e resiliente que ela se tornara.
Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Narita, Ana foi imediatamente envolvida por uma orquestra de sensações que desafiava tudo o qu