O ritmo frenético de São Paulo era, para Ana, um pulso constante de energia que alimentava sua nova existência e ocupava sua mente. Longe do das pessoas conhecidas da sua cidade, da sensação constante de déjà vu, a metrópole oferecia um anonimato libertador e um campo vasto para a semeadura de seu plano. A Agro Tech, onde ela havia ascençado rapidamente, tornou-se não apenas seu palco profissional, mas um centro estratégico a partir do qual ela teceria sua intrincada teia de vingança. Sua mente, antes consumida pela dor da infertilidade, agora operava com a precisão de um algoritmo, calculando cada passo, cada movimento, cada eventualidade.
A cada manhã, ao acordar em seu studio minimalista no bairro de Pinheiros, Ana se permitia um breve instante de introspecção. O sol de São Paulo, filtrado pelas janelas dos arranha-céus, não tinha o mesmo calor convidativo do sol de Ilhéus, mas trazia uma luz de clareza. Ela repassava mentalmente os passos do seu plano. A vingança, para Ana, não er