- Minhas pernas estão sem força. - Disse ela.
- Sem forças? - Miguel, com suas mãos esguias, pressionou as pernas dela. - Onde exatamente? Devo chamar um médico para examiná-la?
- Não, não estou ferida. É só que pressionei uma das pernas e agora ela está dormente.
- Má postura. - Criticou Miguel. - Sempre te digo para sentar com as duas pernas no chão, não para pressioná-las ou cruzá-las.
Ela baixou os olhos e não disse nada.
Miguel a observou por um momento e de repente explicou:
- Não estou te repreendendo, só estou dizendo que essas posturas são maus hábitos e prejudicam o seu corpo.
Ele explicou isso com muita delicadeza.
Luiza olhou para ele.
Ele abaixou a voz e continuou:
- A partir de hoje, Emerson vai te levar e buscar no trabalho. Você dirigir ou pegar um táxi é perigoso; não vou permitir que saia sozinha.
Essas palavras eram tanto uma ordem quanto um sinal de cuidado.
Luiza sentiu seu cuidado e gradualmente se acalmou, embora ainda se sentisse um pouco ressentida.
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