Luiza fez uma expressão de resignação, pegou a comida das mãos dele e disse:
— Eu mesma vou comer.
Theo não respondeu nada, se sentou no sofá ao lado e ficou observando-a.
Aquela mulher despertava nele sentimentos contraditórios: amor e ódio. Mas, quando cogitava deixá-la, sentia que simplesmente não conseguia. Ele sabia que deveria se desprender, mas algo nele o impedia de soltá-la.
Depois de um momento de silêncio, ele falou:
— Luiza, podemos parar com isso, por favor?
Luiza, enquanto comia, lançou um olhar rápido para ele.
Theo continuou:
— Vamos parar de brigar o tempo todo. Podemos tentar nos dar bem? Finja que... Que eu estou tentando compensar o que fiz com você antes. A partir de agora, prometo cuidar bem de você, tudo bem?
Luiza o encarava em silêncio.
Ele sustentou o olhar, até que, depois de alguns segundos, acrescentou:
— O que fiz com você antes... Eu não tive escolha. Se houvesse outra saída, nunca teria te usado...
Theo a observava, visivelmente e