Miguel permaneceu atônito por um momento antes de dizer:
- Foi você quem me pediu.
- Eu que te pedi? - Luiza, com a cabeça baixa, replicou. - Me sinto tão só. Desde que meu pai foi preso, anseio por alguém que me ame...
Miguel, olhando ela mais profundamente, respondeu:
- Eu não vou te amar.
- Pois é, você não vai me amar. Escolhi a pessoa errada. - A voz dela era suave como algodão, e ela se levantou lentamente, pronta para descer as escadas.
Miguel segurou sua mão:
- Para onde você vai?
- Ver meu pai.
- Ele está preso agora, melhor voltar. - Miguel apertou a mão dela, impedindo ela de ir.
Luiza falou:
- Ele pode estar preso, mas com certeza sente a minha falta. No mundo inteiro, só ele deve sentir minha falta.
Miguel estremeceu e, com um pouco mais de força, a puxou para seus braços.
Luiza caiu em seus braços, e ele disse:
- Seu pai está na prisão, não é possível visitá-lo à noite. Vá amanhã.
- Então eu também não deveria estar aqui. Este lugar não é minha casa.
- Você não tem para o