Luiza tinha bebido demais, como se estivesse num sonho.
Ela ergueu os braços e os envolveu ao redor do pescoço dele.
- Senhor, você voltou?
- Adular não vai ajudar. - Miguel, pensando que ela tentava agradá-lo com uma expressão fria, tentou afastá-la.
- Senhor, não fique com outras pessoas. - O corpo macio de Luiza se aninhou contra ele, e ela elevou o rosto dele, diminuindo a distância entre os dois. - Eu não sou boa o suficiente?
Ela o olhava com olhos ligeiramente embriagados, as extremidades dos olhos vermelhas. Estendeu a mão para acariciar o rosto dele.
- Já sou tão obediente, isso ainda não é suficiente?
Os olhos de Miguel se aprofundaram.
- Não foi você quem quis o divórcio?
- Estou sofrendo. - Ela disse com os lábios apertados.
Miguel não queria mais soltá-la e a abraçou, perguntando suavemente:
- Onde está doendo?
- Meu coração. - Ela colocou a mão sobre o peito e murmurou. - Eu disse a mim mesma que foi meu pai quem te enganou, que o erro foi da minha família, que eu nã