Luiza ficou em silêncio, a respiração se tornou pesada enquanto ele segurou seu queixo, forçando ela a levantar a cabeça.
- Fale.
- Sim. - Admitiu Luiza, olhando nos olhos dele.
O rosto dele se fechou.
- O que você está pensando?
Ela ficou em silêncio por um momento, a voz fria.
- Eu quero me separar de você.
O olhar de Miguel se tornou penetrante.
- Sério?
- Sério. - Ela confirmou com um aceno.
- Não sente nada, nem um pouco de pesar? - Ele perguntou.
Luiza comprimiu os lábios; havia saudade, mas de que valia? Clara estava grávida, e seu pai esperava por ela na prisão.
Eera ela quem não tinha escolha, só podia desistir.
Então, ela disse:
- Já te disse, decidi que não te amo mais.
Miguel ficou atordoado, seu rosto momentaneamente pálido.
Luiza aproveitou a oportunidade para se soltar e fugir com sua bolsa.
Miguel, se recuperando, avançou com passos largos para alcançá-la, acidentalmente puxou sua bolsa, fazendo com que uma elegante caixa de presente caísse dela.
Era o amuleto da sorte