Acordo com a luz da manhã atravessando as frestas da persiana.
O corpo dói, o chão está frio, e o cheiro dele ainda está no ar.
Estou no escritório. Sozinha.
Sentada no carpete, entre papéis espalhados e livros caídos. Meus dedos tocam os lábios — ainda sensíveis, ainda pulsando.
Ele não está mais aqui.
Respiro fundo. Me esforço pra lembrar se tudo foi real. O beijo. As palavras. A raiva. O desejo.
A verdade.
“Você morreu, Marina.”
Engulo em seco. A frase dele se