O calor é suave, com uma brisa que alivia, e o céu limpo só deixa o colorido das barracas ainda mais vibrante. A feirinha acontece num parque local todo segundo sábado do mês, e desde que me inscrevi, vinha sonhando com esse dia.
Meus desenhos estão pendurados com pequenos grampos de madeira em um varal improvisado entre duas estacas. Ao lado, algumas telas pequenas, aquarelas, cartões com frases que escrevi nas noites em que não conseguia dormir.
Estou nervosa. Tento não mostrar, mas estou.
— Oi! Esses aqui são seus? — pergunta uma mulher loira, com um lenço no cabelo e uma menininha agarrada à barra da saia.
— São, sim — sorrio, tentando parecer mais segura