Eu senti o peso da tarde me seguir até o meu quarto, como se a conversa com Otávio ainda estivesse me assombrando. Havia algo nas palavras dele, na maneira como ele me olhou, que me fazia questionar tudo o que eu pensava que sabia sobre o que estava acontecendo. Mas eu não tinha respostas. Só um vazio crescente, algo que eu não queria enfrentar sozinha.
Fechei a porta do quarto atrás de mim, deixando a solidão daquelas quatro paredes me envolver. Eu precisava de uma pausa, de algo que me tirasse desse turbilhão de pensamentos que não faziam sentido. O trabalho, os moradores, o asilo, Otávio... tudo parecia se misturar numa bagunça de emoções que eu não sabia como organizar.
Peguei o celular e, com um suspiro, decidi ligar para Sofia e Leandro. Eles eram os ú