Ao longo da margem do rio, as luzes de neon dos dois lados brilhavam, e o barulho caótico da cidade parecia de repente diminuir, dando a Júlia uma sensação de que o tempo e o ritmo desaceleravam juntos.
Os dois caminhavam lado a lado, em um silêncio leve que preenchia o ar, mas sem deixar nenhum desconforto. Pelo contrário, havia uma harmonia silenciosa entre eles.
Era como se, sem fazer nada em especial, estar ao lado daquela pessoa fosse o suficiente para sentir-se em paz.
Júlia perguntou de repente:
— Quer dar uma volta na ponte para pegar um vento?
O vento soprava leve, e ela prendeu algumas mechas soltas atrás da orelha.
José seguiu o olhar dela e, olhando à distância, respondeu:
— Claro, mas é um pouco longe.
Júlia brincou:
— Está achando que não aguenta chegar lá?
José levantou uma sobrancelha e devolveu:
— Quer apostar para ver quem chega primeiro?
Ele achou engraçado, considerando que juntos já tinham mais de cinquenta anos, mas estavam agindo feito crianças.
Júlia ficou anima