Camila ficou sem palavras.
Não bastava elogiar outra pessoa, tinha que se incluir na conversa também.
Naquela tarde, por volta da uma hora, José estava prestes a sair.
Gustavo, que estava no quintal revirando a terra, levantou a cabeça ao perceber o movimento e chamou:
— Jú, acompanhe meu mano até a saída!
José parou no meio do caminho, ficando visivelmente desconfortável com a fala.
Júlia levantou-se rápido do sofá, um tanto sem jeito:
— Pai, não inventa isso de ‘mano! Professor, eu te acompanho.
José assentiu com um sorriso.
Enquanto ele saía, Gustavo murmurou com um tom quase ofendido:
— Você não disse da última vez que queria que ele me chamasse de mano? Agora fica confundindo as coisas…
...
O tempo passou, e já fazia quinze dias que Gustavo e Camila estavam hospedados na Cidade J. Júlia achava que era o momento certo para colocar um plano em ação, era para marcar um encontro entre ela e o editor Pedro.
Ela disse:
— Mãe, na verdade, tem outro motivo para eu ter trazido você e o pa