Paula soltou uma risada por dentro, e seu olhar caiu sobre a pilha de frutas que Gustavo tinha trazido:
— Camila, vocês também compraram cerejas? Essas parecem bem menores que as que a Elisa comprou.
Camila deu uma pausa na sua risada, mas respondeu com calma:
— Como poderíamos comparar com Elisa?
Paula riu alto:
— Ah, é verdade! Caio e Elisa, claro, ninguém pode competir.
Júlia sorriu levemente, fingindo não dar importância, e disse:
— Tia Paula, o que você comprou de frutas?
O sorriso de Paula ficou tenso.
Sem dar muita atenção, Júlia pegou a sacola que estava ao lado de Paula e deu uma olhada:
— Deixa eu ver… tem maçãs, peras, laranjas…
Nenhuma fruta cara da estação.
Júlia disse com um sorriso:
— Você sempre faz ótimas escolhas, tia, essas frutas são daquelas que a gente sempre encontra.
Paula ficou desconcertada, mas não conseguiu encontrar falhas nas palavras de Júlia:
— É, sim, pensei em trazer algo que todos gostassem…
Apesar de sua boa origem, Paula, filha única de funcionários