“udou num piscar de olhos. Todos os olhares que antes eram curiosos agora estavam cheios de suspeita. As pessoas começaram a formar rodinhas, cochichando, alguns indignados, outros com aquela curiosidade doentia de quem assiste acidente. Ninguém sabia o que fazer, mas todo mundo já tinha escolhido a culpada: Scarlett.
Scarlett
Eu ainda tentava entender o que estava vendo quando o policial tirou o colar de jade da minha bolsa. O brilho da joia parecia rir da minha cara, balançando na mão dele como uma acusação silenciosa e cruel. Minha cabeça ficou em branco por alguns segundos. O coração batia tão forte que doía.
“Isso não faz sentido… eu não coloquei isso aí… eu não roubei esse colar”, sussurrei, quase sem voz. Parecia que alguém tinha sugado todo meu ar.
Meus olhos foram do colar pro policial, depois pras pessoas ao redor. Todo mundo me encarava. Cada olhar parecia me esmagar um pouco mais.
“Não é meu… eu não sou ladra”, tentei de novo, juntando forças pra me defender. Mas as palavr