A madrugada em Thunderwoof era um véu espesso e úmido, pesado de silêncio e sombras. A maioria dos guerreiros dormia, exaustos pelo dia de competição. Mas entre as árvores e as pedras que cercavam a matilha, uma figura deslizava como serpente em terreno conhecido.
Saphira mantinha-se envolta por um manto escuro, os pés descalços tocando o solo sem som. Conhecia cada rota de patrulha, cada ponto cego da guarda noturna. Não era a primeira vez que saía àquela hora — mas seria a mais importante.
*** Ela não vai me vencer. Pensou, cerrando os punhos. Clear de Arkhadia vai cair diante de todos. E eu tomarei o que é meu.
A trilha para a floresta era coberta por raízes grossas e árvores retorcidas, mas Saphira não hesitava. O luar mal atravessava as copas, e ainda assim ela avançava como se visse tudo. Seus olhos estavam treinados para a escuridão.
Mais adiante, já na parte antiga da mata, uma pequena cabana de pedras cobertas de musgo emergiu entre as folhagens. Uma luz fraca escapava pelas