O choro da pequena preencheu o quarto, mas, por um instante, todos sentiram algo mais. O ar mudou. Uma brisa suave entrou pela janela fechada, como se as paredes não pudessem contê-la. O fogo das tochas balançou, mas não se apagou — ao contrário, ardeu mais forte, lançando faíscas douradas que dançaram no ar antes de desaparecer.
Clarice ofegava, abraçando a filha junto ao peito, quando um feixe de luz atravessou a fresta da cortina, iluminando apenas o rosto da bebê. A pele dela parecia absorver aquele brilho, e, por um segundo, Ares jurou ter visto pequenas linhas prateadas como marcas de luar desenhando-se sobre a testa da menina, desaparecendo logo em seguida.
Lyanna ergueu-se, o pelo arrepiado, mas não em alerta — e sim em reverência.
Clarice… é a bênção dela.
As curandeiras se entreolharam, e até Nara, sempre firme, levou a mão à boca. Aly se aproximou de Lyanna, e ambas baixaram a cabeça diante da recém-nascida.
Eu conheço esse sinal — disse Aly com voz grave. — É o selo das Lu