Primeira camada — A culpa.
Clarice desceu lentamente os degraus de pedra do templo ancestral, sentindo os músculos cansados responderem ao esforço com doçura. Cada passo a afastava do espelho selado e a aproximava daquilo que, no fundo, ela sabia desde o início: ainda restava uma última raiz para ser extinta.
O ar ao redor estava calmo, mas dentro dela, uma tensão sagrada pulsava, como se o universo estivesse prendendo a respiração.
“Sinto… algo antigo chamando,” sussurrou Lyanna, em sua mente, a voz suave como névoa entre as árvores.
“Eu também.” Clarice respondeu mentalmente. “É hora de terminar o que começamos.”
No pátio de pedras brancas, Idran, Nara e Kaelen aguardavam. Estavam ali desde o início, como pilares do que a guiava. Ares estava entre eles — de braços cruzados, olhar sombrio e protetor. Havia marcas de batalha em todos eles, mas também um brilho nos olhos: algo estava chegando ao fim.
Clarice parou diante deles com o coração firme.
— Eu preciso ir. Sozinha.
Kaelen ergue