As portas do templo antigo se fecharam atrás deles com um estalo surdo, abafando os ruídos do caos lá fora. O interior estava iluminado por tochas de chama azulada — sinal de que os encantamentos de proteção estavam ativos, mas instáveis. O ar cheirava a incenso e medo.
Idran os aguardava no altar principal, ajoelhado entre símbolos antigos desenhados no chão com sangue de mirto e carvão sagrado. Seus olhos estavam fechados, os dedos tremiam levemente sobre o grimório ancestral de Arkhadia.
Clarice caminhou até ele, ainda sentindo o eco da visão nas veias. O chão parecia pulsar sob seus pés.
— Idran... algo se rompeu. Eu vi. O Círculo se partiu por dentro. Uma fumaça negra... subiu da terra. E Nyra...
— Eu sei. — disse ele, abrindo os olhos lentamente. — A Deusa também viu.
Kaelen se aproximou, com Ares logo atrás.
— Os túneis sob as minas começaram a vibrar. As runas estão se desfazendo. A fronteira mágica está sendo devorada de dentro pra fora.
Idran fechou o grimório e se ergueu co