A noite caiu silenciosa sobre Thunderwoof, mas a paz era uma ilusão.
Clarice se manteve de pé diante do grande mapa das Terras do Norte, estendido sobre a mesa principal da sala de estratégia. Estava ladeada por Kaelen e Nara, enquanto Ares caminhava em círculos, como um predador enjaulado.
— Os selos foram colocados há mais de cem anos — comentou Kaelen, cruzando os braços. — E ninguém mais sabe ativá-los. A última sacerdotisa que os conhecia… morreu junto com a antiga linhagem.
— Não exatamente — corrigiu Clarice, com os olhos fixos em um ponto do mapa onde as linhas da floresta se encontravam com a encosta da Colina dos Lamentos. — Parte da magia ainda vive. Na terra. No sangue. E naqueles que a escutam.
Lyanna, onde está o primeiro selo?
Sob as raízes da figueira milenar, no limite leste. O solo ainda canta com a presença da Deusa.
Clarice assentiu com leveza, como se ouvisse uma voz que só ela podia escutar.
— Começaremos pela figueira milenar — anunciou. — O selo foi adormecido,